Cristo não nasceu 25 de dezembro

O 25 de dezembro é apenas uma data simbólica, adotada pela Igreja por volta do século 4. Na verdade, ninguém tem ideia de quando Jesus Cristo nasceu! Então porque a igreja sustenta esta mentira?

Antes de continuar a leitura, saiba que este não é mais um texto escrito por ateus para afrontar o Cristianismo. Todas as informações aqui foram retiradas de estudos realizados por pesquisadores e cientistas que dedicam sua vida a estudar a Bíblia e a vida de Jesus.

Cerca de 30% da humanidade – ou todos aqueles que são cristãos – comemoram o nascimento de Jesus Cristo no Natal, dia 25 de dezembro. A verdade, no entanto, é que ninguém tem a mais vaga ideia de quando Cristo nasceu. É que, apesar da fama de profeta e Messias, ele veio ao mundo como um humilde camponês da Galileia, fato que não provocou muito alvoroço entre os letrados de seu tempo – únicas pessoas que seriam capazes de deixar registros históricos. O mais provável, segundo os estudiosos do tema, é que 25 de dezembro tenha sido a data escolhida para “aniversário” de Jesus por motivos simbólicos, não por corresponder ao dia de seu nascimento.

Uma das hipóteses com maior número de defensores entre os estudiosos do tema sugere que, em algum momento do século 4, a Igreja fixou a comemoração no dia 25 de dezembro com a intenção de suplantar o antigo – e muito popular – festival pagão do Sol Invicto, que ocorria mais ou menos na mesma época do ano e era pretexto para comilanças homéricas. A festa comemorava o solstício de inverno (dia mais curto do ano). No hemisfério Norte, ele normalmente ocorre por volta do dia 22 de dezembro (21 de julho no hemisfério Sul).

Mesmo naquela época, comemorar o solstício não era nenhuma novidade. Essa data sempre foi simbolicamente associada a nascimento e renascimento. Babilônios, persas, egípcios, gregos, romanos… Todos esses povos criaram suas próprias homenagens ao deus Sol. “Para não entrar em conflito com essas tradições milenares, a Igreja decidiu fixar a celebração do nascimento de Jesus na mesma época do ano, fim de dezembro”, diz Gabriele Cornelli, professor de filosofia antiga da UnB.

Há quem tente encontrar pistas do verdadeiro “aniversário” de Cristo nos Evangelhos, já que eles reconstituem sua trajetória com base em tradições orais. No Evangelho de Lucas, por exemplo, lê-se a famosa história dos pastores que, enquanto vigiavam rebanhos ao relento, foram avisados por anjos sobre o nascimento do Menino Jesus. Como dezembro é uma época fria demais na região de Belém, principalmente para ficar pajeando ovelhas durante a noite, alguns especuladores apostam em uma data de clima mais ameno – primavera, talvez abril. Poucos estudiosos, no entanto, acreditam que esses textos sejam confiáveis do ponto de vista histórico.

Na ponta do lápis

Um dos fatores que podem ter influenciado a Igreja quando ela fixou a comemoração do nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro envolve cálculos sobre a concepção do Messias. Eruditos cristãos do século 3 especulavam, com base em complicadas contas feitas a partir de textos bíblicos, que o mundo deveria ter sido criado no dia 25 de março. Faria sentido, portanto, que Jesus tivesse sido concebido nessa data, já que sua encarnação representava o recomeço de tudo. Contando 9 meses para frente (o tempo da gravidez de Maria), chegaram à provável data do nascimento: 25 de dezembro.

Mito de Jesus: conheça outros deuses que têm uma história parecida com a de Cristo

A pergunta se estende há séculos e continuará a ser realizada ao longo dos tempos: será que a história de Jesus não passaria de um mito? Muitos filósofos e pesquisadores defendem que o que é contado sobre Jesus na Bíblia, na verdade, seria um conteúdo “enriquecido” com uma mistura de heróis e salvadores da mitologia grega, persa, egípcia e romana.

Segundo os defensores da teoria do Mito de Jesus, relatos de salvadores da humanidade que ressuscitam após a morte são comuns a outras religiões – como por exemplo Krishna e Mitra. Além disso, eles acrescentam que não há evidências que comprovem realmente a existência de Jesus. – a maioria dos historiadores concorda que nenhum dos evangelistas foi testemunha ocular da vida de Cristo. Entre os que defendem que ingredientes mitológicos foram adicionados à história de Jesus estão o escritor e biólogo evolutivo Richard Dawkins, o jornalista Christopher Hitchens e o filósofo francês Michel Onfray.

Abaixo, separamos alguns aspectos de outras entidades mitológicas que têm um relato parecido com o de Jesus.

As semelhanças dogmáticas com as religiões de mistério provariam que o cristianismo não é o resultado de uma revelação divina, mas o produto de um sincretismo religioso.

A teoria do “Mito de Cristo” afirma que houve grande influência das religiões dos povos com as quais os judeus conviviam, ou seja, egípcios, persas, gregos e romanos.

  • Tamuz:

Deus da Suméria e Fenícia, morreu com uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio com a pedra que o fechava a um lado. Belém era o centro do culto a Tamuz.

  • Hórus – 3000 a.C.:


Deus egípcio do Céu, do Sol e da Lua;
Nasceu de Isis, de forma milagrosa, sem envolvimento sexual;
Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
Ressuscitou um homem de nome EL-AZAR-US;
Um de seus títulos é “Krst” ou “Karast”;
Lutou durante 40 dias no deserto contra as tentações de Set (divindade comparada a Satã);
Batizado com água por Anup;
Representado por uma cruz;
A trindade Atom (o pai), Hórus (o filho) e Rá (comparado ao Espírito Santo).

  • Mitra – séc. I a.C.:


Originalmente um deus persa, mas foi adotado pelos romanos e convertido em deus Sol;
Intermediário entre Ormuzd (Deus-Pai) e o homem;
Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
Nasceu de forma milagrosa, sem envolvimento sexual;
Pastores vieram adorá-lo, com presentes como ouro e incenso;
Viria livrar o mundo do seu irmão maligno, Ariman;
Era considerado um professor e um grande mestre viajante;
Era identificado com o leão e o cordeiro;
Seu dia sagrado era domingo (“Sunday”), “Dia do Sol”, centenas de anos antes de Cristo;
Tinha sua festa no período que se tornou mais tarde a Páscoa cristã;
Teve doze companheiros ou discípulos;
Executava milagres;
Foi enterrado em um túmulo e após três dias levantou-se outra vez;
Sua ressurreição era comemorada cada ano.

  • Átis (Frígia / Roma) – 1200 a.C.:

Nasceu dia 25 de dezembro;
Nasceu de uma virgem;
Foi crucificado, morreu e foi enterrado;
Ressuscitou no terceiro dia.

  • Buda – séc. V a.C.:


Sua missão de salvador do mundo foi profetizada quando ele ainda era um bebê;
Por volta dos 30 anos inicia sua vida espiritual;
Foi impiedosamente tentado pelas forças do mal enquanto jejuava;
Caminhou sobre as águas (Anguttara Nikaya 3:60);
Ensinava por meio de parábolas, inclusive uma sobre um “filho pródigo”;
A partir de um pão alimentou 500 discípulos, e ainda sobrou (Jataka);
Transfigurou-se em frente aos discípulos, com luz saindo de seu corpo;
Após sua morte, ressuscitou (apenas na tradição chinesa).

  • Baco / Dionísio – séc. II a.C.:


Deus grego-romano do vinho;
Nascido da virgem Sémele (que foi fecundada por Zeus);
Quando criança, quiseram matá-lo;
Fez milagres, como a transformação da água em vinho e a multiplicação dos peixes;
Após a morte, ressuscitou;
Era chamado de “Filho pródigo” de Zeus.

  • Hércules – séc. II a.C.:


Nascido da virgem Alcmena, que foi fecundada por Zeus;
Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
Foi impiedosamente tentado pelas forças do mal (Hera, a ciumenta esposa de Zeus);
A causadora de sua morte (sua esposa) se arrepende e se mata enforcada.
Estão presentes no momento de sua morte sua mãe e seu discípulo mais amado (Hylas);
Sua morte é acompanhada por um terremoto e um eclipse do Sol;
Após sua morte, ressuscitou, ascendendo aos céus.

  • Krishna – 3228 a.C.:


Trata-se de um avatar do Deus Vishnu – um avatar é como se fosse a personificação ou encarnação de um deus;
Nasceu no dia 25 de dezembro;
Nasceu de uma virgem, Devaki (“Divina”);
Uma estrela avisou a sua chegada;
É a segunda pessoa da trindade;
Foi perseguido por um tirano que requisitou o massacre dos milhares dos infantes;
Fez milagres;
Em algumas tradições morreu em uma árvore;
Após morrer, ressuscitou.

Estas coincidências biográficas, segundo os defensores de “O Mito de Cristo”, provam que os autores dos Evangelhos, ao escreverem as histórias de vida de Jesus, tomaram emprestados relatos e feitos de outros deuses antigos ou heróis.

E porque a igreja não revela tais descobertas? Poderia a Igreja atual contar toda a verdade? Que consequências isso traria ao Cristianismo? Poderia significar o fim da igreja como a conhecemos?

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Fontes:
https://super.abril.com.br/historia/cristo-nao-nasceu-no-natal/
https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/biblia-ensina/jesus-nasceu-em-dezembro/
https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/12/25/jesus-nao-nasceu-no-dia-25-de-dezembro-veja-cinco-fatos-sobre-o-aniversariante-mais-famoso-do-dia.htm
http://www.abiblia.org/ver.php?id=2774&id_autor=66&id_utente=&caso=perguntas
http://vidaemorbita.blogspot.com/2011/07/voce-sabe-quantos-deuses-tem-historia.html
https://seuhistory.com/noticias/mito-de-jesus-conheca-outros-deuses-que-tem-uma-historia-parecida-com-de-cristo

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Sobre o Autor

Prof. Sergio Enrique Faria

Dr. Sergio Enrique Faria é diretor do Estúdio da Mente. Neurocientista, Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e do Grupo de Estudos de Hipnose da UNIFESP. Doutor em Ciências da Educação, Mestre em Comunicação, Psicanalista, Parapsicólogo, Hipnoterapeuta e Neuroeducador com especializações em Neurociência Clínica e Educacional, Neuropsicologia, Neuropsicopedagogia, Psicanálise Clínica, Didática e Metodologia do Estudo. Trainer e Master Practitioner com formações internacionais em Hipnose e em PNL – Programação Neurolinguística. Líder de Aprendizagem certificado pela Harvard University (EUA). Professor de Hipnose e PNL. Palestrante e Professor em cursos de MBA e Pós-graduação em grandes universidades. Autor e coautor de livros e mais de 150 artigos em jornais e revistas.

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