Diferenças entre Psicopatas e Sociopatas

Psicopatas e sociopatas

As pessoas muitas vezes confundem os sociopatas com psicopatas, o que não é surpreendente, já que os dois compartilham características de transtorno de personalidade antissocial.

Apesar dessas semelhanças, no entanto, existem algumas diferenças entre a sociopatia e psicopatia. Pesquisadores em geral acreditam que os psicopatas tendem a nascer psicopatas, ou seja, com uma predisposição genética – enquanto sociopatas tendem a ficar assim de acordo com o ambiente em que vivem.

Estudiosos acreditam que a sociopatia é o resultado de fatores como o ambiente familiar em que uma criança vive ou a educação recebida por um adolescente num lar muito negativo onde podem ter ocorridos abusos físicos, emocionais ou traumas de infância. Sociopatas tendem a ser mais impulsivos e irregulares no seu comportamento do que os psicopatas e possuem maior dificuldade em se relacionar ou criar um vínculo.

Quando um sociopata tem um comportamento criminal, costumam ser impulsivos e, na maioria das vezes, não planejam, dão pouca ou nenhuma atenção para os riscos ou conseqüências de suas ações. São mais agitados e se irritam facilmente, às vezes, resultando em explosões de violência. Esses tipos de comportamentos aumentam as chances de um sociopata ser descoberto.

A psicopatia pode estar relacionada com diferenças fisiológicas cerebrais. Eles podem ter dificuldades em se apegar emocionalmente com outros, o que os leva a formar relações artificiais, rasas, mantidas apenas para que possam manipulá-las de uma forma que os beneficia. Eles usam as pessoas de acordo com seus objetivos e raramente sentem culpa por seus maus comportamentos, não se importam com o quanto feriram outros.

Por outro lado, eles podem ser vistos como pessoas bem sucedidas, charmosas, confiáveis, mantendo empregos estáveis e aparentemente normais. Alguns até possuem famílias e relacionamentos amorosos normais.

Quando um psicopata se envolve em um comportamento criminal, tendem a fazê-lo de uma forma que minimize o risco para si. Eles planejam cuidadosamente a atividade criminosa para garantir que não serão descobertos, eles pensam em todas as possibilidades.

Vejam outras diferenças entre eles:

1. Os psicopatas não têm uma consciência

Esta é sem dúvida a principal diferença entre psicopatas e sociopatas. Enquanto os sociopatas são capazes de sentir remorso e culpa, traços psicopáticos incluem a falta de empatia e falta de culpa e remorso.

2. Os psicopatas são manipuladores e calculistas

Com seu charme e carisma, psicopatas podem ser extremamente manipuladores e calculistas. Eles são muito bons em manter o controle emocional e físico, de modo a organizar o seu comportamento (criminoso). Sociopatas, por outro lado, são menos organizados e são mais propensos a cometer crimes espontaneamente. Neste sentido, sociopatas são mais “normais” em comparação com psicopatas.

3. Os sociopatas são capazes de formar relacionamentos com os outros

Um sociopata não tem apego aos valores morais e é capaz de simular sentimentos, para conseguir manipular outras pessoas. Além disso, a sua incapacidade de controlar as suas emoções negativas torna muito difícil estabelecer um relacionamento estável com outras pessoas.

Já que sociopatas são capazes de sentir remorso, eles também são capazes de formar ligações emocionais profundas, como com amigos e familiares. Psicopatas não são capazes de fazer isso por causa de sua falta de empatia.

4. O cérebro de um psicopata é diferente do cérebro de outras pessoas

Curiosamente, o cérebro de um psicopata é diferente do de outras pessoas. Como você pode ver na foto da tomografia do cérebro, o córtex pré-frontal (a parte frontal do cérebro), que é responsável pela tomada de decisão, comportamento social e expressão da personalidade, e a amígdala (pequena área no meio), que é responsável pelas emoções, não se acendem na varredura do cérebro de um psicopata, o que significa que há pouca ou nenhuma atividade nessas regiões.

Isto significa que quando as pessoas “normais” encontram a violência, a frequência cardíaca aumenta e suas mãos começam a suar. Um psicopata tem uma reação oposta em que ele fica mais calmo. Isso ajuda psicopatas a se envolverem em comportamentos de risco, e às vezes criminosos, já que eles não temem consequências.

5. A psicopatia é uma forma mais grave da sociopatia

A sociopatia é caracterizada por um egocentrismo exacerbado, que leva a uma desconsideração em relação aos sentimentos e opiniões dos outros.

Em suma, a psicopatia é uma forma muito mais severa da sociopatia. Assim, pode-se dizer que todos os psicopatas são sociopatas, mas sociopatas não são necessariamente psicopatas.

Quem é mais perigoso?

Ambos apresentam riscos para a sociedade porque buscam viver uma vida normal tentando lidar com sua doença. Mas a psicopatia é, provavelmente, o transtorno mais perigoso, pela falta do sentimento de culpa.

O psicopata tem uma maior capacidade de se dissociar de suas ações, por não se envolverem emocionalmente, não se importam com a dor e o sofrimento que podem causar em outros.

Grande parte dos serial killers são psicopatas, mas nem todas as pessoas que chamaríamos de psicopata ou sociopata são violentos. A violência não é um requisito necessário (nem para um diagnóstico de transtorno de personalidade anti-social), mas pode estar presente.

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Referências

American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.

Robinson, K. M. (2014, August 24). Sociopath vs. Psychopath: What’s the Difference? WebMD. Retrieved from http://www.webmd.com/mental-health/features/sociopath-psychopath-difference#2

Tracy, N. (n.d.). Psychopath vs. Sociopath: What’s the Difference? HealthyPlace.com. Retrieved from http://www.healthyplace.com/personality-disorders/psychopath/psychopath-vs-sociopath-what-s-the-difference/

Fonte: http://www.pensarcontemporaneo.com/1463-2/

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Sobre o Autor

Prof. Sergio Enrique Faria

Dr. Sergio Enrique Faria é diretor do Estúdio da Mente. Neurocientista, Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e do Grupo de Estudos de Hipnose da UNIFESP. Doutor em Ciências da Educação, Mestre em Comunicação, Psicanalista, Parapsicólogo, Hipnoterapeuta e Neuroeducador com especializações em Neurociência Clínica e Educacional, Neuropsicologia, Neuropsicopedagogia, Psicanálise Clínica, Didática e Metodologia do Estudo. Trainer e Master Practitioner com formações internacionais em Hipnose e em PNL – Programação Neurolinguística. Líder de Aprendizagem certificado pela Harvard University (EUA). Professor de Hipnose e PNL. Palestrante e Professor em cursos de MBA e Pós-graduação em grandes universidades. Autor e coautor de livros e mais de 150 artigos em jornais e revistas.

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