Sofrendo pelo fim do relacionamento? Veja como se recuperar!

Coração partido

Terminar um relacionamento pode parecer o fim do mundo. Quase todo mundo passa por estas transições dissonantes em algum momento de suas vidas românticas, experimentando a perda insuportável, a confusão e o desespero tão característicos desses momentos.

Felizmente, um número crescente de estratégias baseadas em evidências científicas podem ajudá-lo a lidar com esse momento de crise.

A verdade é que as nossas reações individuais ao fim de um relacionamento romântico variam. Elas são muitas vezes moldadas por fatores como idade, sexo, nível de envolvimento emocional e até mesmo o nosso estilo de vínculo. “Por exemplo, se a relação tinha sido abusiva e você percebe que agora está numa situação melhor, você pode enxergar o rompimento como algo bastante positivo”, diz a psicóloga Xiaomeng Xu, da Universidade Estual de Idaho (ISU). “Por outro lado, se você foi extremamente feliz no relacionamento e o rompimento veio como uma surpresa, você provavelmente terá uma resposta sentimental muito negativa sobre o que aconteceu”.

A ansiedade pós-término também tem sido associada a outros sentimentos e comportamentos negativos, incluindo a preocupação permanente com um ex-parceiro, extremo sofrimento físico e emocional, esforços irrealistas e exagerados para voltar a ficar juntos, motivações sexuais relacionadas aos antigos parceiros, estratégias de enfrentamento disfuncionais, comportamento colérico e vingativo.

O psicólogo da Universidade de Monmouth (Estados Unidos) Gary Lewandowski diz que as pessoas tendem a experimentar uma grande variedade de emoções após um término – incluindo tristeza, solidão, raiva, angústia e confusão. Ao mesmo tempo, esses sentimentos podem ser acompanhados de emoções positivas, como alívio, liberdade, otimismo e empoderamento.

Não surpreendentemente, as pessoas que entram com a bunda no belíssimo acordo de pé na bunda, geralmente se sentem mais angustiadas do que a pessoa que instigou o término. Mas, ainda assim, a situação é bastante desagradável para a pessoa que tomou esta decisão. Na verdade, os psicólogos não tendem a encontrar muitas diferenças de “perturbação de identidade” (ou seja, o sentimento de “quem sou eu sem você” depois de um término) quando o assunto é quem iniciou o fim do relacionamento.

E lidar com esse sentimento de “quem sou eu sem você” é o primeiro passo para superar um rompimento.

Reconhecer que perdeu uma parte de si mesmo

Sabe-se que términos de relacionamentos quebram e mudam dramaticamente o autoconceito de uma pessoa. À medida que os casais se aproximam ao longo do tempo, o sentido que um indivíduo faz de si mesmo muitas vezes torna-se cada vez mais entrelaçado com o do outro.

E, de fato, cientistas mostraram que relações de longo prazo resultam em memórias interligadas, com os parceiros se tornando parte de um sistema cognitivo interpessoal – e cada pessoa depende da outra para preencher certas lacunas de memória. Assim, o fim de um relacionamento pode ser traumático em diversos níveis. Para muitas pessoas, é como perder um braço.

Junto com seus colegas, Erica B. Slotter, do Departamento de Psicologia da Universidade de Villanova, mostrou que as pessoas muitas vezes atribuem o fim de uma relação a mudanças, como na sua aparência, hobbies e até mesmo objetivos e valores. “Há também trabalhos mostrando que, se um relacionamento ajudou a expandir o nosso senso a respeito de nós mesmos – o que significa que ganhamos novas características/atributos através da nossa relação com o nosso parceiro – o nosso autoconceito, na verdade, diminui depois de uma separação”, conta.

Dito isto, se sentimos que a relação não nos ajudou a expandir o nosso autoconceito enquanto ela estava acontecendo, nós podemos experimentar sentimentos de autocrescimento ou redescoberta de quem somos após o término.

Após o fim de um relacionamento, podemos experimentar uma queda em algo chamado clareza de autoconceito; aquele sentido subjetivo que temos ao saber quem somos e a crença de que a nossa identidade é coesa e coerente.

“Após o fim de um relacionamento, há uma diminuição disto – nós, essencialmente, não temos tanta certeza de quem somos, na ausência do nosso ex”, diz ela. A diminuição da clareza de autoconceito depois dissolução da relação prevê o quanto cada um sofre com o fim daquele relacionamento.

Mas como isso pode ser usado a nosso favor? “Esta é uma questão em aberto a partir de um ponto de vista empírico”, explica Slotter. “Presumivelmente, a pessoa se recupera após o fim de um relacionamento, mas ainda não temos certeza de como é essa trajetória ou de todos os fatores que podem alterá-la. Estudos sobre autocrescimento e autoexpansão sugerem que tentar ativamente redescobrir o que te faz feliz e pode te definir como um indivíduo sem o seu ex-parceiro pode ajudar”.

Concentre-se no positivo

Segundo Lewandowski, outra maneira de se reestruturar depois é focar propositadamente nos aspectos positivos do término. Em seu estudo, os participantes deveriam relaxar e escrever sobre seus mais profundos pensamentos e sentimentos positivos sobre o relacionamento que acabou. “O importante foi que eles cavaram em suas mais profundas emoções positivas, a fim de explorá-las em sua escrita”.

O pesquisador diz que as pessoas deviam se concentrar em três momentos:

– Fatores que achamos que levaram à separação e sobre o rompimento em si;
– As consequências do rompimento alguns dias após o ocorrido;
– As consequências do rompimento algumas semanas após o ocorrido.

Ele diz que escrever sobre o término é uma estratégia de enfrentamento eficaz por alguns motivos: por ser algo relativamente rápido e fácil de fazer, por ser barato e por ser acessível. Escrever ajuda as pessoas a entender melhor o que está acontecendo. “No caso específico do relacionamento, estes textos forçam as pessoas a pensar sobre o término de uma forma que a maioria não faz. Em vez de terem a experiência mais comum de chafurdar na tristeza e ruminar sobre os aspectos negativos, esses incentivos encorajam as pessoas a se concentrar nas coisas boas (e há sempre alguma)”.

Lidar com os sintomas de abstinência

A pesquisa mostrou também que se apaixonar ativa muitas das mesmas regiões do cérebro que outras atividades prazerosas. Namorar alguém durante um longo período de tempo logo começa a assemelhar-se a um vício em uma droga. Conforme mostrado em ressonâncias magnéticas, os mecanismos de recompensa que são responsáveis ​​pela dependência de cocaína, ou os desejos por comida, tornam-se ativos quando as pessoas que recentemente passaram por um término veem fotos de seus ex-namorados.

Como a antropóloga e neurocientista Helen Fisher apontou em um estudo de 2010: “Em comparação com os dados de indivíduos felizes e apaixonados, a ativação ATV regional sugere que os sistemas de recompensa/sobrevivência mesolímbicas estão envolvidas na paixão romântica, independentemente de se é feliz ou infeliz no amor”. A ATV, ou a área tegmental ventral, é conhecida pela produção de dopamina após o recebimento de algum tipo de recompensa.

Consequentemente, este processo se assemelha a falta de prazer que os viciados sentem depois de tomar uma dose de cocaína ou álcool; embora o sistema de recompensa proporcione prazer em primeiro lugar, com o tempo, ativar o sistema de recompensa apenas proporciona alívio da angústia, ou um retorno a uma linha de base ou sentimento neutro. Em outras palavras, o amor se assemelha a uma droga.

Um amor só se cura com outro?

Depois de um término, muitas vezes é aconselhado que as pessoas evitem entrar em um novo relacionamento até que algum tempo já tenha passado. Esta é uma crença comum de que ir para um novo relacionamento antes das emoções de um relacionamento anterior serem resolvidas é uma má ideia. Mas ainda não há muita pesquisa para explorar as consequências da chamada relação de “rebote” – a famosa técnica de usar um amor para esquecer do outro.

“Estudos recentes têm mostrado que o tempo necessário entre as relações não prevê quanto tempo a segunda das duas relações (o rebote) dura”, explica Slotter. “Há trabalhos mostrando que se envolver mais cedo ou mais tarde prevê que indivíduos sintam-se mais confiantes em sua conveniência como parceiros, com níveis mais elevados de bem-estar e alimentando menos sentimentos por seus ex”.

Sobre o que não fazer depois de um término, Xiaomeng diz que não devemos desconsiderar a nossa saúde física e mental. Devemos evitar comportamentos de risco, como consumo excessivo de álcool, abuso de drogas, ter sexo desprotegido por “vingança” e assim por diante. Além disso, devemos tentar evitar a obsessão a respeito de nossos antigos parceiros e não persegui-los pessoalmente ou online. E, de fato, estudos têm mostrado que provavelmente não é uma boa ideia continuar amigo do seu ex-parceiro no Facebook.

Por último, não os ameace ou prejudique, seja fisicamente ou psicologicamente.

Seguindo em frente

Em resumo, aqui estão 14 dicas práticas para ajudá-lo a se recuperar de um término:

1 – Entender e reconhecer o fato de que você vai experimentar uma grande variedade de emoções – e não importa se você foi o dispensado ou se foi você quem instigou o término;
2 – Cuide de si mesmo: não se esqueça de dormir bem, comer bem e exercitar-se;
3 – Evite beber para esquecer, abusar de drogas e fazer sexo por vingança;
4 – Não persiga ou ameace o seu ex-parceiro;
5 – Socialize com outras pessoas que podem fornecer apoio positivo;
6 – Não tenha medo de procurar ajuda profissional para ajudá-lo a lidar com o término;
7 – É normal não se sentir normal consigo mesmo. A perda do autoconceito é uma parte natural do processo de cura;
8 – Reconstrua a sua autoidentidade, redescubra o que te faz feliz e o que define você como uma pessoa sem o seu ex-parceiro. Pense nisso como uma oportunidade de crescimento;
9 – Concentre-se nos aspectos positivos do término, como ter um novo começo, voltar a se envolver com passatempos que você costumava fazer e assim por diante. Concentre-se em sentimentos positivos, como alívio, liberdade, otimismo e empoderamento;
10 – Envolva-se em exercícios de expressão oral e escrita em que você articule claramente seus mais profundos pensamentos e sentimentos positivos sobre o relacionamento que terminou;
11 – Não tenha medo de um relacionamento “rebote” – mas tenha certeza que você está entrando nele pelas razões certas;
12 – Se o seu parceiro começa a namorar outra pessoa, dê-lhe espaço e respeite o novo relacionamento. É importante lembrar que seu ex-parceiro é alguém com que você se importava muito (e talvez ainda se importe), então você deve fazer o que você faria com qualquer outro amigo e lhe desejar o melhor;
13 – Aprecie o fato de que muito do que está acontecendo é neurológico e há um limite do que você pode fazer para lidar com isso;
14 – Dê a si mesmo tempo para se curar.

Fonte: http://hypescience.com/melhor-maneira-de-se-recuperar-de-um-termino-segundo-ciencia 

Terapia com Hipnose e PNL pode ajudar?

Sergio Enrique Faria, hipnoterapeuta e diretor do Estúdio da Mente, explica que enquanto algumas pessoas conseguem passar relativamente bem pelo término do relacionamento, outras ficam muito fragilizadas, a ponto de terem suas atividades profundamente afetadas no trabalho e em casa. Essas pessoas não conseguem parar de pensar no ex e sentem uma tristeza intensa e dolorosa que parece que nunca vai passar. Instala-se um estado semelhante ao luto, no qual a vida perde o colorido e praticamente para, ela desaba e não consegue se levantar sem ajuda profissional.

É grande o número de homens e mulheres que procuram ajuda para parar de pensar no ex-namorado(a), ex-marido, ex-amante…  Estas pessoas geralmente querem saber se podem “esquecer” a pessoa com hipnose.

Sergio explica que o objetivo da terapia não é fazer “esquecer”, até porque todas as experiências que passamos são importantes para a nossa formação aprendizado e se esquecêssemos de algumas delas certamente cometeríamos os mesmos erros novamente.  O tratamento com Hipnose e PNL visa trabalhar os pensamentos e modificar o tipo e intensidade dos sentimentos pela outra pessoa, abreviando assim o período de sofrimento e acelerando a superação e a volta à vida normal. O número de sessões vai depender de cada pessoa e de cada situação. “Sem sombra de dúvidas a pessoa que se submete à terapia consegue passar melhor e mais rapidamente por este momento”, destaca Sergio.

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Sobre o Autor

Prof. Sergio Enrique Faria

Dr. Sergio Enrique Faria é diretor do Estúdio da Mente. Neurocientista, Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e do Grupo de Estudos de Hipnose da UNIFESP. Doutor em Ciências da Educação, Mestre em Comunicação, Psicanalista, Parapsicólogo, Hipnoterapeuta e Neuroeducador com especializações em Neurociência Clínica e Educacional, Neuropsicologia, Neuropsicopedagogia, Psicanálise Clínica, Didática e Metodologia do Estudo. Trainer e Master Practitioner com formações internacionais em Hipnose e em PNL – Programação Neurolinguística. Líder de Aprendizagem certificado pela Harvard University (EUA). Professor de Hipnose e PNL. Palestrante e Professor em cursos de MBA e Pós-graduação em grandes universidades. Autor e coautor de livros e mais de 150 artigos em jornais e revistas.

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