A composição química do cigarro é a grande vilã da saúde. Além dos problemas no sistema circulatório, o tabaco também está associado a problemas bucais, nos olhos, como catarata e glaucoma, audição, reprodução e sexualidade.
Os problemas cardíacos também são comuns. “Geralmente, o tabagismo é associado ao câncer e a doenças respiratórias. Mas há outras doenças e problemas de saúde decorrentes do cigarro, como o infarto, AVC, impotência, aumento da pressão arterial, derrame cerebral e até amputação de membros. O fumo é a principal causa de infarto em pacientes jovens”, esclarece João Luís Barbosa, cardiologista do Instituto Nacional de Cardiologia.
Embora as doenças geradas pelo cigarro sejam muitas, o câncer pulmão é o maior receio dos fumantes. E a preocupação é real, já que as chances de desenvolver a doença são aumentadas para indivíduos dependentes. “Se as pessoas deixassem de fumar hoje, diminuiríamos em 80% os casos de câncer de pulmão e 3 entre 10 casos de câncer de qualquer tipo também deixariam de existir. Vale ressaltar que em qualquer idade é válido deixar o cigarro”, destaca Jefferson Luiz Gros, cirurgião oncologista e diretor do Núcleo de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo Câncer Center.
Embora boa parte dos fumantes consiga tratar o vício por conta própria, existem aqueles que precisam de ajuda médica ou de terapias auxiliares. Nestas situações, vale conhecer quais são os tratamentos para largar o cigarro.
Pessoas que deixam de fumar de repente têm mais chance de obter sucesso na tentativa de largar o cigarro do que aquelas que reduzem o consumo de tabaco gradualmente, afirma um novo estudo.
“Para muitas pessoas, a maneira mais óbvia de largar o fumo parece ser reduzindo gradualmente, até parar”, afirma Nicola Lindson-Hawley, pesquisadora da Universidade de Oxford (Reino Unido), autora do estudo.
“Com o tabagismo, porém a norma é aconselhar as pessoas a pararem tudo de uma vez, e nosso estudo encontrou apoio para tal”, afirmou. “O que descobrimos é que mais pessoas conseguiram parar quando deixaram de fumar de uma vez do que tentando reduzir a dose gradualmente para tentar parar.”
A pesquisa da cientista acompanhou quase 700 fumantes adultos divididos em dois grupos: um tentaria largar o cigarro de maneira abrupta, outro de maneira gradual. Cada pessoa determinava um prazo para zerar o consumo de cigarro, dentro de até duas semanas, e tinha encontros com uma enfermeira uma vez por semana.
Metade das pessoas preferiram a redução gradual, um terceiro preferiu o corte brusco, e o restante não manifestou preferência de estratégia antes de o estudo começar. A preferência pessoal não foi levada em conta pelos cientistas na hora de designar que tipo de estratégia (brusca ou gradual) cada voluntário teria de adotar.
Nicotina de substituição
No grupo gradual, a enfermeira criou uma agenda de redução para os participantes cortarem 75% dos cigarros ao longo de duas semanas, antes da data limite para deixar o cigarro. Forneceram a eles também adesivos de nicotina, além de outros substitutos. Os voluntários poderiam escolher entre um chiclete de reposição de nicotina, um spray nasal, tabletes sublinguais, inalador ou spray bucal durante o período de redução.
No grupo de corte abrupto, os participantes também receberam adesivos de nicotina de 21 mg por dia, já que há alguma evidência de que isso aumentava as chances de sucesso da interrupção. Os voluntários não tiveram acesso a produtos de ação curta, e podiam fumar como sempre fizeram até a data da interrupção.
Quatro semanas após o dia em que o prazo se encerrou, 40% do grupo que tentou abandonar o cigarro gradualmente ainda conseguia se manter longe do fumo. Entre aqueles que passaram por um corte abrupto, 49% mantiveram abstinência por esse período. Aqueles que disseram preferir uma mudança gradual antes de o estudo começar eram, no geral, menos propensos a obter sucesso até aquele ponto.
Seis meses depois, apenas 15% do grupo gradual conseguiu manter a decisão, contra 22% do grupo abrupto. O resultado foi descrito em estudo na revista médica “Annals of Internal Medicine”.
Os tratamentos para parar de fumar
Enquanto algumas pessoas conseguem parar de fumar sem muitas dificuldades, outras sofrem com inúmeras tentativas e fracassos. Sergio Enrique, hipnoterapeuta e diretor do Estúdio da Mente, diz que o primeiro ponto para a apessoa abandonar o vício é decidir parar. Tomada esta decisão, a pessoa pode optar por diversas opções de tratamento:
Reposição de nicotina
Quando um indivíduo decide parar de fumar, ele pode, além de ter determinação, recorrer a alguns tratamentos. O mais conhecido deles é a reposição de nicotina. Este tipo pode dobrar as chances de sucesso do tratamento, isto porque uma das maiores dificuldades do organismo dependente é ficar sem a substância.
Adesivo de nicotina
Colocados na pele em regiões sem pelos, o adesivo de nicotina libera aos poucos a substância. Ele deve ser trocado todo dia e utilizado o tempo todo. No mercado estão disponíveis diferentes dosagens. A escolha deve ser feita após a orientação de um especialista, pois os casos são tratados de forma individualizada.
Chiclete de nicotina
Diferente do adesivo, o chiclete deve ser mascado apenas quando vier a vontade de fumar. Feito também com nicotina, o efeito é tido após a mastigação e a liberação de um gosto amargo. Após isso, ele deve ser colocado entre a bochecha e a gengiva. Assim, a substância entra aos poucos na circulação sanguínea e diminui a necessidade do cigarro. As dosagens também são diferentes e devem ser analisadas de acordo com cada paciente.
Remédios para parar de fumar
São dois remédios os mais usados no combate ao tabaco.
O primeiro deles é a Bupropiona. Fabricado inicialmente para tratar quadros de depressão, percebeu-se que resultado influiu também na diminuição da vontade de fumar. Atualmente é receitado nos tratamentos para parar de fumar.
O outro remédio para combater o tabagismo é a Vareniclina, criado especialmente para esta causa e que age no sistema nervoso central diminuindo as crises de abstinência.
Cuidados e contraindicações
Como qualquer medicamento, eles devem ser orientados por um especialista de acordo com cada caso. Enjoos, boca seca, insônia, feridas na boca e soluços constantes estão entre os efeitos colaterais destes tratamentos.
Tratamentos não medicamentosos
Além dos remédios, outros métodos podem ajudar no combate ao tabagismo. Tratamentos com terapia, florais e a acupuntura também podem ser eficientes.
Terapia com hipnose
Os resultados positivos do tratamento, que se mostram definitivos na maioria dos casos de tabagismo, são obtidos através do equilíbrio entre o desejo de parar de fumar e o tratamento dos sentimentos e emoções, que levam a pessoa a encontrar no cigarro uma válvula de escape para suas questões emocionais.
A hipnose promove o equilíbrio e a qualidade de vida do indivíduo. Através da hipnose é possível entrar em contato com a mente inconsciente e assim buscar uma solução para o tabagismo sem que a pessoa sofra ou volte a ter recaídas, livrando-se do cigarro para sempre.
Durante o tratamento o hipnoterapeuta investiga e procura as questões que levaram a pessoa a ficar dependente do cigarro e qual a representação do cigarro em sua vida, tratando as representações e os afetos que estão relacionados ao uso do cigarro. No transe hipnótico, através de sugestões, é possível criar sensações de enjoo, aversão e nojo do cigarro. Assim a pessoa vai se afastando do cigarro, percebendo e sentindo que o cigarro não tem mais nenhuma função em sua vida. É óbvio que como em qualquer tratamento, os resultados podem variar de pessoa para pessoa.
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Fontes:
http://www.bolsademulher.com/saude-mulher/tratamentos-para-parar-de-fumar-conheca-os-principais
http://www.omid.mg.gov.br/index.php/item/1089-a-luta-contra-o-tabagismo-ganha-aliada-atraves-da-hipnose
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/03/largar-cigarro-de-repente-e-mais-facil-do-que-reducao-gradual-diz-estudo.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=g1
1 comentário em “(Não) Quer parar de fumar? Então leia isso!”
Você ainda pode precisar de tomar remédio para recompor a seu colesterol. Mas se você fizer apenas algumas, pequenas mudanças, você pode ser capaz de diminuir sua dose e a chance de efeitos colaterais.