Falsas memórias – Quando o cérebro distorce e cria lembranças

Lápis apagando cérebro

Você jura ser verdade. Mas a situação pode ter sido muito diferente do que você lembra.⠀

Nosso cérebro tem o hábito de agregar detalhes ou produzir lembranças que não ocorrem. Grande parte delas é inofensiva. Mas as falsas memórias também podem provocar graves injustiças. Segundo o Projeto de Inocência da ONG americana, mais de 400 pessoas inocentes foram condenadas por causa de testemunhas que, mais tarde, foram reveladas.

Por que o cérebro se dá ao trabalho de fabricar fatos?

Para dar conta do excesso de informação. Ele é incapaz de reter tudo o que vê, sentimos, escutamos ou tocamos. Então, em vez de todos os detalhes do mundo, guardar apenas a essência de eventos, objetos e emoções – e, na hora de lembrar de algo, apresentar como lacunas, associação, com outras memórias. O problema é que não nos damos conta disso, e acaba ocorrendo uma sobreposição de lembranças.

Além disso, cada vez que você se lembrar de uma memória, ela pode ser alterada e distorcida.

Isso acontece por um mecanismo chamado de reconsolidação. Quando você tenta lembrar de algo, a memória sai do banco de dados do cérebro, é acessada pela sua consciência e, por fim, armazenada novamente no banco de dados. Durante esse processo, uma memória está vulnerável e pode ser acidentalmente modificada pelo cérebro.

Estudos da Universidade Johns Hopkins, dos EUA, revelaram que há uma diferença sutil na atividade cerebral durante a formação de memórias falsas e verdadeiras: o córtex pré-frontal, ligado ao raciocínio, sua atividade prejudicial quando a memória é falsa.

Ou seja, ambos os tipos de memória se formam do mesmo jeito, com uma diferença crucial: como falsas não passam pelo raciocínio lógico.

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Sobre o Autor

Prof. Sergio Enrique Faria

Dr. Sergio Enrique Faria é diretor do Estúdio da Mente. Neurocientista, Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e do Grupo de Estudos de Hipnose da UNIFESP. Doutor em Ciências da Educação, Mestre em Comunicação, Psicanalista, Parapsicólogo, Hipnoterapeuta e Neuroeducador com especializações em Neurociência Clínica e Educacional, Neuropsicologia, Neuropsicopedagogia, Psicanálise Clínica, Didática e Metodologia do Estudo. Trainer e Master Practitioner com formações internacionais em Hipnose e em PNL – Programação Neurolinguística. Líder de Aprendizagem certificado pela Harvard University (EUA). Professor de Hipnose e PNL. Palestrante e Professor em cursos de MBA e Pós-graduação em grandes universidades. Autor e coautor de livros e mais de 150 artigos em jornais e revistas.

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