10 casos bizarros de histeria coletiva

A mente humana é extremamente complexa, e ainda não conseguimos compreender completamente alguns fenômenos. A histeria coletiva é um belo exemplo de fenômeno curioso que afeta a mente humana, fazendo com que um grupo de pessoas desenvolva algum tipo de comportamento fora do comum ao mesmo tempo, muitas vezes sem nenhum motivo aparente ou causa confirmada.

Confira, nesta lista, alguns dos casos mais famosos de histeria coletiva já registrados:

  1. Julgamentos de Salem

Os julgamentos de Salem, ocorridos em meados de 1691, nos EUA, mostraram ao mundo inteiro como as pessoas podem cometer horrores por conta do medo (mesmo que infundado). Na ocasião, centenas de pessoas foram condenadas por bruxaria, por conta de um medo coletivo de que as bruxas estivessem assombrando Salem. Várias pessoas foram condenadas e executadas depois de julgamentos extremamente tendenciosos e subjetivos, o que resultou na execução de muitas pessoas inocentes.

  1. Histeria da Coca-Cola contaminada.

Na Bélgica, após a Coca-Cola ter retirado de circulação um lote de bebidas por ter constatado que estavam contaminadas, os serviços de atendimento à pessoas com intoxicação do país começou a receber inúmeras ligações de indivíduos se sentindo mal após consumir Coca-Cola. No entanto, na imensa maioria dos casos, as pessoas estavam apenas com efeitos psicológicos do temor generalizado pela bebida.

  1. Histeria dos insetos nos Estados Unidos.

No ano de 1962, nos Estados Unidos, uma série de trabalhadores de uma empresa do ramo têxtil ficaram doentes, e começou a se espalhar um boato de que havia, na fábrica, um tipo de inseto muito resistente que estava sendo responsável pela transmissão da doença.

À medida em que o boato se espalhava, mais e mais pessoas desenvolviam sintomas como vômitos, náuseas e tonturas.

Entretanto, a existência do inseto nunca foi confirmada, e sequer foram encontradas picadas no corpo dos funcionários. Por isso, acredita-se que o que aconteceu na fábrica foi mais um caso de histeria coletiva causada por um boato infundado.

  1. Koro.

 “Koro” é um termo médico utilizado para definir o medo irracional (normalmente percebido por um homem) de que seu órgão sexual está encolhendo e eventualmente irá desaparecer dentro do corpo. Alguns homens chegam a tomar atitudes extremas para evitar que isso aconteça, ainda que seus órgãos sexuais não tenham passado por nenhum tipo de alteração clinicamente perceptível.

  1. A Guerra dos Mundos

Em 1938, em meio à tensão pré-Segunda Guerra Mundial, Nova Iorque foi palco para um dos casos mais conhecidos internacionalmente de histeria coletiva. O conceituadíssimo comunicador Orson Wells transmitiu pela Columbia Broadcasting System uma história adaptada do enredo de “A Guerra dos Mundos”, livro de 1897 escrito por Herbert George Wells.

A população, no entanto, acabou entrando em uma espécie de frenesi coletivo por ter confundido a obra de ficção com um boletim informativo, e passado a acreditar que tudo aquilo que estava sendo narrado era verdade. A polícia inclusive precisou agir para controlar o pânico das pessoas nas ruas.

  1. Alergia causada pelo 11 de setembro.

Em 2001, logo após o terrível atentado ao World Trade Center, muitas crianças começaram a dar entrada em hospitais dos EUA com coceiras e alergias na pele. O curioso era que as alergias atacavam apenas quando as crianças estavam na escola, e sumiam quando estas chegavam em casa.

Após análises dos médicos, ficou constatado que as coceiras eram causadas pela ansiedade e pelo temor provocado pelo atentado de dias antes.

  1. Crise de riso na Tanzânia.

Em 1962, no território em que hoje é a Tanzânia, uma crise incontrolável de risos se instalou depois que uma garota caiu no chão de tanto rir em uma escola, supostamente após ouvir uma piada (não adianta perguntar qual era). Várias crianças da mesma escola começaram a rir em seguida, em uma crise que se espalhou por várias cidades da região, e chegou inclusive a fechar escolas.

Incrivelmente, a histeria causada pela suposta piada durou 18 meses.

  1. O homem-macaco.

Não, não estamos falando do meme, e sim de um boato surgido na Índia em meados de 2001, que dizia que havia uma criatura assustadora, metade homem e metade macaco, atacando as pessoas pelas ruas. Bastaram alguns relatos pouco confiáveis de pessoas que supostamente haviam avistado a criatura para que muitos passassem a acreditar na história, inclusive chegando a se machucar por isso.

Foram registrados vários feridos após saltarem de suas janelas, por exemplo, por terem acreditado ver o “homem-macaco” em seus quartos.

Se o meme do homem-macaco tem alguma relação com isso? Não sabemos, mas convenhamos que agora tudo faz um pouco mais de sentido.

  1. Freiras de Loudun.

Em meados de 1630, um grupo de freiras da cidade francesa de Loudun disse ter sido possuído por uma entidade demoníaca. A Igreja Católica, obviamente, se interessou pelo caso e decidiu tomar uma atitude para “mostrar serviço”. O padre local, Urbain Grandier, acabou sendo condenado mesmo com testemunhas bastante questionáveis e evidências fracas.

Muitos dizem que a Igreja Católica costumava produzir histerias coletivas para convencer mais pessoas a se converterem à religião católica.

  1. A dançarina de Estrasburgo

No ano de 1518, na cidade de Estrasburgo, na França, uma estranha mulher começou a dançar sem nenhum motivo aparente (muito menos música) na rua. É dito que a dança durou quase uma semana, e que mais de 400 pessoas ocasionalmente acabaram se juntando a ela, por várias e várias semanas. Muitas pessoas supostamente morreram de cansaço por dançar de forma ininterrupta durante este episódio. Saiba mais sobre esse caso em particular aqui.

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Fonte: https://sabermais.org/10-casos-extremamente-bizarros-de-histeria-coletiva/

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Sobre o Autor

Prof. Sergio Enrique Faria

Dr. Sergio Enrique Faria é diretor do Estúdio da Mente. Neurocientista, Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e do Grupo de Estudos de Hipnose da UNIFESP. Doutor em Ciências da Educação, Mestre em Comunicação, Psicanalista, Parapsicólogo, Hipnoterapeuta e Neuroeducador com especializações em Neurociência Clínica e Educacional, Neuropsicologia, Neuropsicopedagogia, Psicanálise Clínica, Didática e Metodologia do Estudo. Trainer e Master Practitioner com formações internacionais em Hipnose e em PNL – Programação Neurolinguística. Líder de Aprendizagem certificado pela Harvard University (EUA). Professor de Hipnose e PNL. Palestrante e Professor em cursos de MBA e Pós-graduação em grandes universidades. Autor e coautor de livros e mais de 150 artigos em jornais e revistas.

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