Pirâmide de Maslow: O que é e como aplicá-la no meio empresarial

Pirâmide de Maslow

Pirâmide de Maslow é conhecida mundialmente e fortemente utilizada, especialmente na psicologia. Trata-se de uma teoria bastante famosa nessa área, mas os seus ensinamentos podem ser implementados em diversos contextos, inclusive, no empresarial.

O conceito da pirâmide leva a uma reflexão muito proveitosa quando se trata de necessidades humanas e, claro, muitas delas estão diretamente relacionadas ao nosso trabalho. Afinal, sentir-se realizado profissionalmente é algo que não dá para ignorar.

O que é a Pirâmide de Maslow? 

A Pirâmide de Maslow, também chamada de hierarquia das necessidades de Maslow, é uma teoria que ordena as necessidades humanas e as classifica de acordo com o nível de importância de cada uma delas. Ainda, criada por Abraham Maslow, a metodologia identifica quais são os aspectos da vida de um indivíduo essenciais para alcançar a satisfação ou felicidade plena. 

Segundo a teoria, as pessoas são motivadas pelo desejo de satisfazer cada tópico e só sentem desejo de passar para o próximo nível de realização quando as carências do nível anterior estiverem supridas. Nesse sentido, um indivíduo que não tem suas necessidades básicas sanadas, não conseguirá sequer se preocupar com as outras mais complexas. Assim, elas vão sendo realizadas gradativamente, uma após a outra.

Sobre Abraham Maslow 

Abraham Maslow (1908-1970), criador da hierarquia das necessidades, foi um psicólogo norte-americano. Ele concluiu seus estudos em direito, mas por se sentir insatisfeito na área, migrou para a psicologia e foi um grande contribuinte neste campo.

Sendo assim, Maslow é considerado o pai da Psicologia Humanista — um ramo da psicologia em geral e da psicoterapia, considerada a terceira força, ao lado da psicanálise e da psicologia comportamental. 

Durante seus estudos, ele descobriu que existia uma série de “carências” inerentes ao ser humano que poderiam ser hierarquizadas, de acordo com o seu grau de relevância, as quais ele organizou por meio de uma pirâmide — partindo da base e indo até o topo. 

Estrutura da Pirâmide de Maslow 

Como já citado, a Pirâmide de Maslow é dividida de forma hierárquica. Cada partição contém desde necessidades básicas, psicológicas até as mais complexas de realização pessoal.

As necessidades básicas são aquelas essenciais, as quais todos os seres humanos precisam para a sua sobrevivência. São elas:

  • Fisiológicas: respiração, sono, digestão, satisfazer a necessidade de comer e beber, além da reprodução;
  • Segurança: manter a segurança do próprio corpo, do emprego, ter uma moradia, segurança dos recursos e para a família. 

Depois das necessidades básicas, vem o nível das carências psicológicas, que são aquelas que atuam no campo psíquico e dizem respeito aos nossos processos mentais e de comportamento:

  • Sociais: amizade, relações familiares, relacionamento amoroso, grupos sociais (escola, trabalho, religiosos, grupos de esporte, grupos culturais etc.);
  • Estima: autoestima, confiança, conquista, respeito das outras pessoas e respeito por outras pessoas.

Por último, consideradas as necessidades mais complexas de um indivíduo, estão as necessidades de realização pessoal:

  • Necessidade de autorrealização: moralidade, criatividade, espontaneidade, solução de problemas, ausência de preconceitos e aceitação de fatos.

Além da Pirâmide

Após criar e ordenar esses tópicos, Maslow também identificou outras três necessidades inerentes aos seres humanos que valem ser apontadas. Na composição piramidal, elas ficariam acima das necessidades de autorrealização. Acompanhe!

Necessidade de aprendizado

Cada ser humano tem em si a vontade de aprender, entender e conhecer a respeito do mundo onde vive. 

Necessidade de satisfação estética

Trata-se da ânsia pela beleza, simetria e, até mesmo, pela perfeição de sua aparência.

Necessidade de transcendência

Essa é uma falta que está relacionada à espiritualidade do indivíduo, como a sua fé, conexão com a natureza, aceitação da mortalidade etc.

Diante dessa exposição, entendemos que a Pirâmide de Maslow descreve os aspectos da vida de um ser humano, os quais buscamos para alcançar satisfação. Na verdade, a grande finalidade é obter felicidade e contentamento pleno

Entretanto, aqui, não estamos analisando quais são as possibilidades de atingir essa meta de vida, e sim pontuando essa ânsia por satisfazer essas necessidades e a constante busca desse bem-estar.

Quais as aplicações da Pirâmide de Maslow? 

Agora que entendemos o conceito da Pirâmide de Maslow, podemos analisá-la com mais propriedade e perceber em quais contextos podemos aplicá-la dentro de uma organização.

Motivacional

A teoria de Maslow no âmbito da motivação é facilmente aplicada, já que sua principal função é expor os motivos pelos quais queremos avançar. Embora o autor dessa teoria afirme que só pensamos nos níveis posteriores depois de cumprirmos os anteriores, na prática, é totalmente possível considerarmos tópicos de níveis diferentes para nos motivar a ter maior engajamento no trabalho, por exemplo. 

Algumas das coisas que podem ser um estímulo para manter o empenho em nossas atividades corporativas são: garantir a segurança da família, ter uma moradia, autossatisfação, moralidade, ser estimado pelos outros. Essas são necessidades de diferentes categorias, mas que podem ser consideradas quando se trata de um objetivo motivacional.

Profissional 

Além de motivacional, essa metodologia pode ser útil em outros aspectos profissionais e aplicada para cada indivíduo. Nesse caso, ela pode ser usada como uma ferramenta de autoconhecimento. Por meio de suas etapas e definições de necessidades, é possível identificar quais delas são os principais catalizadores

Ainda, quais são os motivos pelos quais você trabalha, o que faz você querer crescer e evoluir etc. Trata-se de um exercício importantíssimo, que pode trazer respostas surpreendentes. O autoconhecimento tem o poder de, além de motivar, ajudar a tomar decisões necessárias sobre onde você está e aonde quer chegar.

Empresarial

Para a empresa, a tese de Maslow é uma técnica riquíssima para entender quais são as motivações de seus colaboradores e também de seus clientes. Logo, é apropriada para conhecer tanto os “clientes internos” como os “clientes externos” de uma organização. Ainda, pode ser usada, inclusive, como base de pesquisas de clima organizacional ou questionários de satisfação.

Não só para a empresa em geral, mas especialmente para os profissionais de RH que, enquanto gestores de pessoas, precisam realizar atividades voltadas para os funcionários da empresa, a fim de que tenham melhor qualidade de vida no trabalho. 

Dentre tantas outras, essa é uma metodologia que pode ser aproveitada em vários processos administrativos de responsabilidade de líderes e gestores de RH. Confira agora alguns exemplos.

Necessidades básicas

O ambiente organizacional deve ser um local que promove, não apenas condições físicas e materiais de trabalho, mas que também proporciona um ambiente psicologicamente favorável. Por isso, é importante disponibilizar o tempo de almoço, lanches, descanso e até mesmo, sanitários adequados, pois essas são necessidades básicas, as quais a empresa tem obrigação de disponibilizar. 

Há também as necessidades de segurança, moradia e garantia para a família, que fazem parte do nível básico e estão diretamente relacionadas ao salário, benefícios corporativos, estabilidade no trabalho, segurança com relação a acidentes etc.

Necessidades psicológicas

Passando para o nível psicológico, o RH deve estar atento a questões como clima organizacional e mediação de conflitos, já que, no trabalho, existe a possibilidade de vínculos de amizades, bons relacionamentos, grupos de interesses em comum e, em alguns casos, até relacionamentos amorosos. Com isso, é importante proporcionar a prática ou a cultura do acolhimento de pessoas nos times.

Ainda, nesse nível da pirâmide, também estão os sentimentos de respeito aos colegas e reconhecimento pelo trabalho realizado. Por isso, outra missão para o RH é a de valorização do funcionário na forma de bonificação, prêmios e até aumento de salário. Inclusive, isso é uma boa motivação para desenvolver planos de carreira, que visam justamente criar meios para que o profissional se cresça e seja recompensado pelos seus esforços. 

Necessidades de realizações pessoais

Considerando as necessidades de autorrealização, o gestor de pessoas pode contribuir quanto à autonomia do colaborador, à possibilidade dele participar de uma tomada de decisão ou ter influência sobre um assunto relevante na empresa

Claro, nem sempre isso será possível. Mas, certamente, em algum momento, dentro do seu próprio time, pode-se proporcionar uma oportunidade em que o funcionário participe ativamente de algum processo, tome a frente de um projeto etc. Essa decisão pode ser tomada a partir tanto do RH como do líder direto desse colaborador.

Nível das necessidades de aprendizado, satisfação estética e transcendência

Essas últimas necessidades, que foram adicionadas depois da pirâmide estar pronta, estão bastante relacionadas à satisfação pessoal, de um modo bastante particular. Mas elas também podem ser inseridas ao contexto organizacional, pois fazem parte da vida do indivíduo.

Assim, uma empresa que deixa o colaborador confortável em relação às suas crenças, ao modo de se vestir e, principalmente, que proporciona possibilidades de aprendizado, sem dúvidas trará ao funcionário maior prazer na vida profissional. 

Por fim, todos esses aspectos da Pirâmide de Maslow podem e devem ser considerados pelas empresas, pois influenciarão também na aceitação, sentimento de pertencimento e liberdade de expressão das pessoas, independentemente do cargo que ocupam

Como vimos, bons gestores se preocupam com o bem-estar de seus funcionários. 

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Sobre o Autor

Prof. Sergio Enrique Faria

Dr. Sergio Enrique Faria é diretor do Estúdio da Mente. Neurocientista, Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e do Grupo de Estudos de Hipnose da UNIFESP. Doutor em Ciências da Educação, Mestre em Comunicação, Psicanalista, Parapsicólogo, Hipnoterapeuta e Neuroeducador com especializações em Neurociência Clínica e Educacional, Neuropsicologia, Neuropsicopedagogia, Psicanálise Clínica, Didática e Metodologia do Estudo. Trainer e Master Practitioner com formações internacionais em Hipnose e em PNL – Programação Neurolinguística. Líder de Aprendizagem certificado pela Harvard University (EUA). Professor de Hipnose e PNL. Palestrante e Professor em cursos de MBA e Pós-graduação em grandes universidades. Autor e coautor de livros e mais de 150 artigos em jornais e revistas.

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