Um novo estudo, desenvolvido pelo pesquisador João Alves, sob a orientação do professor Freitas-Magalhães, diretor do Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab), da Universidade Fernando Pessoa (UFP), em Portugal, defende que o uso de máscara perturba a comunicação emocional.
Como a parte inferior do rosto está coberta, o uso de máscara provoca uma percepção da dor e da raiva muito maior por parte do cérebro, que fica alerta ao procurar padrões e expressões faciais.
O comunicado divulgado pelo FEELab diz que cérebro procura mapear todos os vestígios que permitam identificar as emoções associadas e a máscara interfere nesse processo.
Assim, “o cérebro procura e intensifica os marcadores da parte superior do rosto”, afirma o professor.
Freitas-Magalhães explica que o comportamento não é de agora.
Isso “é ancestral e evolutivo, particularmente reforçando o instinto de mapeamento da dor e da raiva no processo seletivo de sobrevivência.”
Os resultados confirmam a “prioridade da conduta instintiva do cérebro quando está em jogo a sobrevivência humana”, conclui Freitas-Magalhães.
O diretor do FEELab também é autor do livro chamado “A Face das Emoções na Pandemia – O Cérebro Perdido”, disponível para venda no Brasil.
Mas nem tudo é negativo no mundo das máscaras. Aliás usar as máscaras pode trazer um benefício muito bacana, principalmente se você não se acha muito atraente. Um estudo feito na escola de psicologia da Universidade de Cardiff revelou que as pessoas ficam mais atraentes com elas. Saiba mais lendo este artigo aqui!
*Lembre-se: O uso da máscara em ambientes públicos é importante durante a pandemia.
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