17 coisas para não falar a alguém com transtorno mental; e 10 para dizer

Mulher amparando idosa

Esqueça as receitas prontas, quem sofre com algum transtorno mental precisa de tratamento. Julgamentos e conselhos não são remédios indicados para manter a saúde mental sob controle. “Presença e palavra são importantes, mas escuta e acolhimento devem vir em primeiro lugar”, diz a psicóloga comportamental Denise Pará Diniz, coordenadora do setor de gerenciamento de estresse e qualidade de vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Quando o assunto é transtorno mental, ainda existem ideias e atitudes que precisam ser esclarecidas e modificadas. Pensamentos que ao longo do tempo foram se transformando em mitos e preconceitos levam ao medo e à discriminação, dificultando o acesso do paciente ao médico especializado e ao tratamento adequado.

“Pessoas com transtornos mentais, além de lutar pelo seu tratamento e melhora dos sintomas, muitas vezes têm que enfrentar o estigma do diagnóstico na sociedade”, diz Barbara Bandeira, médica psiquiatra e professora de psiquiatria da UnB (Universidade de É essencial derrubar o conceito de que doença mental é sinônimo de fraqueza, as pessoas não escolhem estar naquela situação.

Para elucidar o que seriam esses comentários e opiniões que mais atrapalham do que ajudam, com a ajuda dos especialistas, apontamos uma lista de frases e ações que é melhor evitar. Vale o policiamento para não prejudicar ainda mais aquele ente querido que, adoecido, dispensa comentários constrangedores.

Evite os pensamentos preconceituosos

  1. Isso é frescura
  2. Isso é falta de religião
  3. É coisa de gente atormentada
  4. É coisa de gente mimada
  5. É chilique, faniquito ou fricote
  6. Pessoas com transtornos mentais são fracas
  7. Pessoas que ficam ‘tentando o suicídio’ querem só chamar a atenção
  8. Pessoas com transtornos mentais são esquisitas, perigosas, instáveis e violentas
  9. Psiquiatras e psicólogos servem para tratar gente louca

Descarte frases que só pioram a situação

  1. Se você se esforçar, você melhora!
  2. Mas você é tão bonito, não deveria estar assim
  3. Você tem tudo, por que adoeceu?
  4. Isso é coisa da sua cabeça, você está bem
  5. Isso é uma fase, você vai superar
  6. Tenha fé
  7. Vai dar tudo certo
  8. Já passei por isso, não é nada grave

“Além de lutar pelo tratamento e melhora dos sintomas, as pessoas muitas vezes têm que enfrentar o estigma do

diagnóstico na sociedade”

Aposte em uma escuta acolhedora

“Devemos ter muito respeito com quem compartilha algo tão pessoal como a vivência com um transtorno mental”, diz a psicóloga Graça Maria Ramos de Oliveira, supervisora do Serviço de Psicologia e Neuropsicologia do IPq – HCFMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Segundo ela, é fundamental não rotular, usar uma linguagem respeitosa e acolhedora, com empatia e compreensão. É perguntar realmente como a pessoa está se sentindo e como se pode ajudá-la. Veja a seguir alguns exemplos:

  1. Por que você não me diz como está se sentindo?
  2. Gostaria de conversar, estou aqui para ouvir você
  3. Sobre o que você anda pensando?
  4. Vamos buscar informação sobre o que você está sentindo
  5. Quer que eu o acompanhe ao médico?
  6. Você não está sozinho, conte comigo!
  7. O que ajudaria você nesse momento?
  8. Gostaria que eu chamasse alguém?
  9. Estou aqui para o que você precisar
  10. Se precisar, pode me procurar

Para Diniz, é importante deixar o outro se expressar, sem pressa e sem minimizar a situação. “Inicialmente, é possível ajudá-lo a conquistar pequenas metas, como uma caminhada ou um café, sem imposição. E ir incentivando a busca por uma ajuda médica”. A psicóloga diz que, se indicar um psiquiatra parece um pouco ‘assustador’ naquele momento, sugira outro especialista para resolver sintomas específicos, como a insônia. “O que você acha de consultar um neurologista para conseguir dormir melhor?” é um exemplo de abordagem.

De acordo com Marcia Marchiori, psicóloga, especialista em medicina comportamental e mestre em ciências da saúde pela Unifesp, as palavras podem ser terapêuticas, auxiliar, acolher, apoiar, consolar, reerguer, proporcionar reflexões valiosas e curativas. “E ninguém melhor do que as pessoas próximas para detectar mudanças emocionais e comportamentais importantes que alguém venha a apresentar e que chamam a atenção”.

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Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/10/14/17-coisas-para-nao-falar-a-alguem-com-transtorno-mental-e-10-para-dizer.htm

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Sobre o Autor

Prof. Sergio Enrique Faria

Dr. Sergio Enrique Faria é diretor do Estúdio da Mente. Neurocientista, Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e do Grupo de Estudos de Hipnose da UNIFESP. Doutor em Ciências da Educação, Mestre em Comunicação, Psicanalista, Parapsicólogo, Hipnoterapeuta e Neuroeducador com especializações em Neurociência Clínica e Educacional, Neuropsicologia, Neuropsicopedagogia, Psicanálise Clínica, Didática e Metodologia do Estudo. Trainer e Master Practitioner com formações internacionais em Hipnose e em PNL – Programação Neurolinguística. Líder de Aprendizagem certificado pela Harvard University (EUA). Professor de Hipnose e PNL. Palestrante e Professor em cursos de MBA e Pós-graduação em grandes universidades. Autor e coautor de livros e mais de 150 artigos em jornais e revistas.

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