Cinco mitos da Física em que você sempre acreditou

A Física é uma ciência repleta de curiosidades e mitos. Ela explica desde os fenômenos subatômicos até a formação das galáxias, por isso, ela é repleta de curiosidades, mas também de diversos conceitos errôneos. Reunimos alguns mitos da Física em que você possivelmente já acreditou para você saber um pouco mais sobre essa importante área do conhecimento.

Uma moeda solta do topo de um prédio poderia matar alguém

Muitas pessoas acreditam que um objeto leve, como uma moeda, se abandonado do topo de um prédio, chegaria ao solo com uma velocidade potencialmente letal. Talvez isso fosse verdade, se pudéssemos desconsiderar a resistência do ar que atua sobre essa moeda. No entanto, a moeda é fortemente influenciada pelo atrito com o ar atmosférico e, durante a sua queda, ela rapidamente para de acelerar, atingindo uma velocidade terminal.

Se solta do prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, com seus 828 metros, uma moeda como a de 50 centavos atingiria uma velocidade máxima de aproximadamente 95 km/h, uma velocidade insuficiente para perfurar o crânio humano.

Mesmo solta do prédio mais alto mundo, uma moeda não seria capaz de matar alguém.

O Sol é amarelo

O Sol costuma ser representado em desenhos com a cor amarela, no entanto, ele emite todas as cores visíveis do espectro eletromagnético e, portanto, sua cor é branca. Sua cor aparentemente amarela ocorre em razão da absorção da luz pela atmosfera.

O Sol é classificado como uma estrela de sequência principal, ou seja, sua energia é proveniente da fusão de átomos de hidrogênio em átomos de hélio — perdendo, nesse processo, cerca de quatro milhões de toneladas de massa por segundo! Sua classificação espectral, por sua vez, coloca-o na categoria de anã amarela. Tal classificação não diz respeito à sua cor, mas, sim, à temperatura de sua superfície, que é, aproximadamente, de 5500 ºC.

A cor amarela do Sol surge em razão do espalhamento da luz na atmosfera terrestre: os gases atmosféricos são capazes de absorver as frequências mais altas da luz visível, como o azul e o violeta.

No espaço, não há peso

Considera-se que a partir de 100 km da superfície da Terra inicia-se o espaço. Muitas pessoas acreditam que, após essa distância, seu peso seria anulado, como se não houvesse gravidade, o que não é real. Um exemplo disso é a estação espacial internacional (ISS), que se encontra a, aproximadamente, 400 km de altura, onde a gravidade é de, aproximadamente, 8,3 m/s².

Para que os astronautas experimentem a sensação de imponderabilidade, isto é, a sensação de estarem sem peso, é necessário que a ISS orbite a Terra em, aproximadamente, 28.000 km/h. Essa grande velocidade de rotação produz uma aceleração centrípeta capaz de balancear a aceleração da gravidade local.

Energia escura e matéria escura não são a mesma coisa

Energia escura e matéria escura são dois conceitos que você provavelmente já deve ter ouvido, mas trata-se de coisas diferentes. A energia escura é uma proposta teórica para explicar o aumento na velocidade de expansão do universo. Trata-se da hipótese mais aceita para explicar a inflação do universo. De acordo com essa teoria, criada em 1980 pelos físicos Alan Guth e Alexei Starobinky, a energia escura permeia-se por todo universo, agindo como uma pressão negativa agiria sobre um balão inflado: ao retirar-se a pressão nos arredores de um balão, ele se incha, devido à sua pressão interna.

Os cálculos mais recentes da Cosmologia indicam que 67% de toda a energia do universo é proveniente da energia escura.

A matéria escura, por sua vez, acredita-se compor 85% de toda a matéria do universo. Essa hipótese deve-se à impossibilidade da formação das galáxias como as conhecemos, já que, para tanto, seria necessária uma gravidade muito maior. Alguns cosmólogos acreditam que tamanha massa desconhecida seja proveniente de partículas subatômicas ainda não descobertas.

Somente a massa das galáxias não explica a sua formação.

Newton e o caso da maçã

A história conta que Isaac Newton formulou a teoria da gravitação universal após observar o movimento de uma maçã em queda, por volta do ano de 1660. Há ainda algumas variações desse relato em que a maçã cai sobre a cabeça de Newton. No entanto, nenhuma delas é real.

De fato, a história foi inventada pelo próprio Newton, uma vez que, na época em que ele alegou atribuir sua descoberta à história da maçã, ele ainda estava muito longe de desenvolver toda a matemática necessária para a determinação da lei da gravitação.

Um dos mitos da Física diz respeito à maçã que caiu sobre a cabeça de Newton. Na época em que Newton fez a alegação sobre a maçã, ele estava em uma grande e duradoura disputa com o físico inglês Robert Hooke pela “paternidade” da lei da atração gravitacional, que mostrava que a força gravitacional dependia do inverso do quadrado da distância entre os corpos.

Hoje, sabe-se que a teoria da gravitação foi criada por Isaac Newton a partir da sua terceira lei, a lei da ação e reação. No entanto, essa lei só foi formulada no último rascunho da principal obra de Newton, o livro de nome Principia, 20 anos após a sua publicação original, em 1685. Além disso, Newton foi capaz de chegar à forma final dessa lei por meio da aplicação do método desenvolvido por Hooke.

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Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/cinco-mitos-fisica-que-voce-sempre-acreditou.htm

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Sobre o Autor

Prof. Sergio Enrique Faria

Dr. Sergio Enrique Faria é diretor do Estúdio da Mente. Neurocientista, Membro da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e do Grupo de Estudos de Hipnose da UNIFESP. Doutor em Ciências da Educação, Mestre em Comunicação, Psicanalista, Parapsicólogo, Hipnoterapeuta e Neuroeducador com especializações em Neurociência Clínica e Educacional, Neuropsicologia, Neuropsicopedagogia, Psicanálise Clínica, Didática e Metodologia do Estudo. Trainer e Master Practitioner com formações internacionais em Hipnose e em PNL – Programação Neurolinguística. Líder de Aprendizagem certificado pela Harvard University (EUA). Professor de Hipnose e PNL. Palestrante e Professor em cursos de MBA e Pós-graduação em grandes universidades. Autor e coautor de livros e mais de 150 artigos em jornais e revistas.

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